24 de março de 2009

As quatro estações / Las cuatro estaciones

Na Espanha, as estações do ano são muito bem marcadas. Calor é calor, frio é frio, pão é pão e queijo é queijo. Cheguei em fevereiro, mês de liquidações e de pleno de inverno, com a neve caindo e os termômetros na casa dos dois, três graus.

Quem não tem roupa apropriada para o gelo, como eu, deve seguir a dica da Bibiana e adotar o visual cebola, ir colocando casaco em cima de casaco, em camadas. Um par de luvas vai bem e um cachecol idem.

Também é importante ter hidratante, coisa que eu achava frescura até ver a pele da minha própria mão passar pelas seguintes etapas: fica áspera, depois começa a se esfarelar feito giz, em seguida fica vermelha e por fim está em carne viva. Escama não dá!

Eu tinha um cachecol quando criança, um presente da vovó, mas não gostava porque pinicava o pescoço. Mas aqui não teve jeito, comprei um na promoção. Ou melhor, três porque a promoção estava boa demais.

No começo, inexperiente, girava o cachecol de qualquer jeio em volta do pescoço, bem desajeitado. Na saída de uma das aulas, fiquei de olho no colega chileno e aprendi como se faz o nó. Fácil, fácil.

Já estamos na primavera. O pólen da nova estação não fez bem a dois colegas da América Central, que se viram no meio de um ataque de alergia primaveril, o dia inteiro espirrando. Eu também não passei invicto pela mudança de estação. Ontem à tarde a garganta deu sinais de revolta. À noite já estava fechada. A primavera tem seus dias gelados. Hoje tive de sair com cachecol no pescoço. Ao estilo chileno.

Ricardo conta ao pé do ouvido:
O inventor da calefação merece um Nobel. Ou um Oscar. Bendita seja essa pessoa!

Ricardo põe legenda na foto:
Publicidade de passagens de ônibus numa estação de metrô de Madrid, muito provavelmente a Diego de León que dá nome a este blog.

Ricardo dá o caminho das pedras:
Antes de marcar viagem é fundamental olhar a previsão do tempo.
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